Cinema Nacional

Adoro cinema nacional.
Nesta pagina vou colocar os filmes que pra mim são obras primas. Não vai estar na ordem de preferencia, logo pq pra mim todos tem igual valor. Então se já assistiu, deixe o seu comentário, mas se ainda não assistiu, prepare a pipoca e divirta-se.



Ele foi feito e vendido como uma comédia, mas na verdade é um drama que aborda a realidade social e cultural que vivemos atualmente. O protagonista só queria levar o filho para ver um filme do Mazzaropi, mas onde encontrar esse filme hoje em dia, afinal filme do Mazzaropi é coisa ultrapassada. Num misto de aventura, risos e lágrimas, é diversão certa pra quem gosta de uma boa estória,









O filme conta a história de Mercedes, uma mulher de 40 anos que, sem saber bem o porque,  procura um psicanalista. Ao sentar–se em frente ao analista, fica constrangida porque não consegue, a princípio, estabelecer porque está naquele consultório. Mercedes tem dois filhos, um marido típico brasileiro: Bom pai, bom marido, adora futebol e tomar sua cervejinha. Mas Mercedes, apesar de relativamente feliz, sente algo estranho. Uma vontade louca de entender como ela consegue ser tão feliz, tendo uma vida tão normal, onde tudo acontece de maneira sempre previsível, e nada a abala.
Mercedes então, percebendo melhor seus desejos antigos, acaba se envolvendo com dois garotos. Volta a flertar, paquerar. Tenta reencontrar sua feminilidade e fazer coisas de adolescentes, fuma maconha etc. Todo turbilhão de coisas acontecendo, culmina num divórcio tranquilo.
Ela não percebe nada, até que sem saber por que ou como, já mudou.


A cena se passa no Rio de Janeiro em 18 de abril de 1945, no Brasil, quando o goverdo de Getúlio Vargas liberta presos políticos ao mesmo tempo em que recebe imigrantes europeus. Nesse contexto surge um longo embate entre o Segismundo, chefe da Alfândega do Rio de Janeiro com Clausewitz, um ex- ator polonês. Na dúvida de sua real identidade, ele precisava provar que não era um espião, e nem tampouco seguidor de Hitler. Nesse embate, o chefe da alfândega mostra toda a sua tirania, tentando evitar assim mais ameaças contra o país, fazendo com que o ex-ator use todas as suas técnicas de convencimento para permanecer em território brasileiro. É uma perfeita batalha entre a realidade e o desejo, a tortura e a memória de alguém que se culpa por ter fechado os olhos para os horrores da guerra. Esse é pra se acomodar na poltrona, pegar a caixinha de lenço (serve papel higiênico, se preferir), e ficar babando com a interpretação dessas duas feras, Tony Ramos e Dan Stulbach.




Danilo (Eduardo Moscovis) é um diretor de teatro obcecado com a injustiça cometida contra o fazendeiro Manoel da Motta Coqueiro, caso que iniciou o processo de extinção da pena de morte no Brasil. Quando ele faz a apresentação da sua peça de teatro, sendo ele mesmo o protagonista, infelizmente tudo dá errado, e em meio a outros conflitos ele se vê no fundo do poço. Estimulado por uma mulher linda e misteriosa, Danilo passa a ensaiar a  peça sobre a vida de Motta Coqueiro, com ele próprio interpretando o fazendeiro e os demais personagens vividos por pacientes psiquiátricos, do sanatório onde a convite de uma amiga ele resolve se internar por algum tempo. Aos poucos, Danilo começa a confundir o que é real e o que é imaginário, passando a reviver os fatos históricos como se ele próprio fosse Motta Coqueiro. Diz a crítica que esse filme não emplacou, não rendeu o que tinha que render, e eu, na minha ignorancia, não entendi o porque. Pra mim é um filme que não dá pra ficar quietinho assistindo, suspense, drama, “tudo junto misturado”.


Rio de Janeiro, 1968. Quando tinha 18 anos Carolina (Débora Falabella) conhece o grande amor da sua vida, Luís Cláudio (Rodrigo Santoro), seu primeiro e único namorado, com quem se casa. Quando ela chega aos 55 anos, com os quatro filhos já crescidos, eles pretendem vender o apartamento em que vivem, morar num apart-hotel e viajar. Por ele a viagem dos sonhos seria Cuba, mas ela sempre quis conhecer Paris. No decorrer da venda do imóvel acontecem pequenos conflitos, pois Carolina (Marieta Severo) passa a crer que o amor que tinham um pelo outro acabara e propõe a Luís (Antônio Fagundes) terminarem o casamento. Ele, por sua vez, retruca dizendo que é mais uma discussão passageira. O imóvel é vendido. Os dois pegam o elevador do prédio e, antes de cada um ir para um canto, Luís insiste que deveriam viajar e entrega a Carolina uma passagem aérea, que ela não dá importância. Ela vai tomar um banho e então começa um grande momento de reflexão, no qual “se encontra” com a jovem Carolina, ou seja, ela mesma, e começa a pensar como teria sido sua vida se, no dia que Luís a pediu em casamento, ela tivesse dito não. Através de um confronto e diálogo com a jovem que foi aos 18 anos, ela revive os sonhos do passado e as possibilidades de ter seguido outros rumos e conhecido outros amores. Na maturidade Carolina viverá plenamente o privilégio de rever a sua própria história e se reencontrar no que foi, no que não foi e no que poderia ter sido, ao lado ou longe do grande amor de sua vida.
Adorei o filme, se pudesse eu também falaria comigo aos 20 anos, me daria tantos conselhos!!!

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